Resenha: Alice no País das Maravilhas

Título: Alice no País das Maravilhas

Autor: Lewis Carroll 

Ano: 2011

Edição: 2ª

 Páginas: 145

 Editora: Martin Claret

 Classificação: Muito Bom

Sinopse: Ao seguir um coelho apressado, Alice cai num buraco que, mais tarde, ela descobrirá ser uma passagem para o País das Maravilhas. Tudo fica esquisito desde então: Alice conhece um gato muito diferente, uma lagarta sábia, um chapeleiro maluco, entre outros personagens que a introduzem em uma realidade complexa e enigmática. De Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas é um livro repleto de fantasias oníricas e lúdicas, que provocam o leitor e ocultam questionamentos de todo tipo: lógicos, semânticos, políticos, psicológicos. Não é apenas uma leitura para crianças, mas uma viagem ao mundo do subconsciente que pode ser travada também por adultos que não temam adentrar as veredas nebulosas da mente.

Alice uma garota esperta e curiosa está no jardim de sua casa junto de sua irmã, quando vê um coelho branco, de relógio e colete, que desperta a curiosidade da garotinha e de quem não despertaria?! Para alcançar o coelho, Alice corre e acaba indo parar num lugar cheio de criaturas mágicas, estranhas, encantadoras, confusas e loucas, o lugar se chama, País das Maravilhas.

Ela decide explorar este mundo desconhecido e acaba deparando com muitas filosofias da vida.

Achei a personagem muito mimada, chata, mas também a achei  inteligente e esperta pois vive questionando as coisas.  Curiosidade é o que não falta na vida dessa garota.

 A narração é em terceira pessoa, ótima para livros de fantasia, pois mostra com mais clareza os detalhes dos cenários que são incríveis neste livro. 

O enredo é fantástico, o cenário é muito bem descrito, assim como as personagens. Adorei a trama e as filosofias, que o escritor quis passar de uma maneira bem sutil de forma a nos fazer pensar. O livro tem desenhos o que trás mais riqueza a imaginação.

Lendo o livro podemos perceber várias coisas da sociedade inglesa do século XIX.

Quando Alice fica alta depois de comer um pedaço do cogumelo, ela passa a agir como adulta, mais durona, que dá bronca e questiona as coisas sem medo do que possa lhe acontecer. Já quando comia o outro lado, ela diminuía de tamanho e voltava a agir como criança, mimada e bastante curiosa. Achei isso bastante interessante e criativo. Como se a criança achasse que fosse capaz de fazer tudo, quando crescer.

A crítica sobre a sociedade inglesa vem em forma do famoso chá das cinco, onde O Chapeleiro Maluco e a Lebre de Março ficam tomando todo dia, a toda hora, pois o relógio do Chapeleiro parou exatamente às cinco horas da tarde, o horário do chá. Isso é uma crítica ao costume que na época era muito rígido e as pessoas sempre tinham que parar e tomar seu chá, sabendo que poderiam continuar fazendo o que estavam ou fazerem coisas mais importantes.

Outra crítica é sobre que certas pessoas não ouvem à opinião dos outros é já começam a criticar e gritar. O exemplo disso, é A Rainha de Copas, que vivi gritando, mandando cortar as cabeças dos seres do País das Maravilhas sem ao menos saber o porque ela mandou fazer aquilo.

Alice é muito mais do que um livro infantil, do que um clássico. É um livro para diversão e acima de tudo, reflexão.